ESTE TEXTO TEM COMO BASE UMA ANÁLISE FEITA POR Hermisten Maia Pereira da Costa INTITULADA:
Ao analisar o texto uma das primeiras caracteristicas evidentes apresentada no escrito é o fato de o culto ser algo bastante simples, porém reverente. “Em essência o culto é um encontro de Deus com seu povo no qual se estabelece um diálogo: Deus fala à sua igreja através de sua palavra e a congregação expressa adoração ao Senhor mediante as orações, oferendas e hinos”. A presença de Deus precisa ser algo bem latente no culto, uma vez que o cristão ao se aproximar do santuário para adoração já O trás consigo, sendo assim: “ O culto é a resposta reverente e adoradora que só se torna possivel pela graça de Deus, que nos dá vida (Jo 10.10; Ef 2.1,5; Cl 2.13) capacitando-nos para esse evento”.
UMA
ANÁLISE DE:
O
CULTO CRISTÃO NA PESPECTIVA DE CALVINO: UMA ANÁLISE INTRODUTÓRIA
Ao analisar o texto uma das primeiras caracteristicas evidentes apresentada no escrito é o fato de o culto ser algo bastante simples, porém reverente. “Em essência o culto é um encontro de Deus com seu povo no qual se estabelece um diálogo: Deus fala à sua igreja através de sua palavra e a congregação expressa adoração ao Senhor mediante as orações, oferendas e hinos”. A presença de Deus precisa ser algo bem latente no culto, uma vez que o cristão ao se aproximar do santuário para adoração já O trás consigo, sendo assim: “ O culto é a resposta reverente e adoradora que só se torna possivel pela graça de Deus, que nos dá vida (Jo 10.10; Ef 2.1,5; Cl 2.13) capacitando-nos para esse evento”.
É
possível observar ainda, que a beleza do culto não está nas aparências, em sua majestosa
celebração, nos enfeites, nos detalhes do cerimonial ou em qualquer outro
detalhe que o homem queira acrescentar para tornar o culto mais agradavel. Os
olhos de Deus estão voltados para a pureza da alma, para o interior, para o
verdadeiro estado do coração. A reverência como demostração de consciência do
que se está fazendo é uma demonstração clara do que é um culto a Deus.
O
grande impasse, encontra-se no fato de os homens quererem prestar culto a Deus,
à parte daquilo que Ele mesmo prescreveu em sua palavra. E é neste ponto que
nosso culto vai revelar nosso conhecimento das Escrituras. Para o escritor,
torna-se incoerente uma adoração biblica desassociada de uma teologia biblica,
pois a verdade é que só pode existir adoração biblica com uma teologia
genuinamente biblica.
Ponto
que merece destaque é o fato da palavra de Deus está presente como algo
fundamental na celebração do culto, este por sua vez não deve acontecer nos
moldes da mentalidade do celebrante mas sim, extraído inteiramente das sagradas
escrituras tendo esta, por sua vez, lugar garantido para sua exposição clara e
constante. Isso por que no entendimento da visão reformada “a palavra de Deus
ocupa o lugar central do culto, visto que é através dela que Deus fala”. Ao
olhar por esta ótica protestante, percebe-se que o culto atual é bastante
“pobre” apesar de pomposo.
Sendo
a palavra de Deus o guia para toda adoração, nem um sacramento pode ser
observado como por si só capaz de produzir algum fruto na vida do cristão. A
santa ceia por exemplo, neste entendimento, tem como finalidade principal
conduzir-nos ao autor dos sacramentos e nos revelar a essência do verdadeiro
evangelho, nas palavras do escritor, “os sacramentos compreendidos corretamente
como sinais, podem, no entanto, nos sugerir dois caminhos, os quais devemos
evitar por serem equivocados: nos deter nos sinais, exaltando
desproporcionalmente seu valor, ou desvalorizá-lo excessivamente. Ele entende
que na ceia “nos são oferecidos todos os dulçores do evangelho”.
Calvino
tinha uma visão bastante particular sobre a ceia, sua celebração no mínimo uma
vez por semana, dava a membresia a oportunidade de estar mais ligada à palavra
e fazer do sacramento algo verdadeiramente cristão, tendo em vista que a
celebração não podia está desatrelada da palavra de Deus. O entendimento de que
o sacramento em si era um sinal visível acompanhado de uma graça interna, tendo
como finalidade principal ser um instrumento para que o Espírito Santo comunique
a graça divina, tornava-se imprescindível que cada membro participasse.
Quando
analisamos a questão dos cânticos, ficamos estarrecidos com a realidade que
encontramos, se o culto é algo que deve ser orientado pela palavra de Deus,
isso incluindo suas ordenanças ou sacramentos bem como toda a liturgia e que
não deve ser fruto de imaginação criativa mas análise criteriosa da palavra de
Deus o que não extingui a espôntaniedade. Os cânticos por sua vez deveriam ser
baseados nas escrituras ou porque não dizer as escrituras deveriam ser
cantadas. O artigo nos trás a memória o fato de que, “Para os reformadores, os
cânticos tinham um grande apelo didático, objetivando, inclusive, a fixação das
Escrituras. Como a Escritura é a Palavra de Deus, cantá-la significa fixar e
relembrar os seus ensinamentos.”
O
saltério composto por Calvino, apresentava com muita clareza que a essência dos
cânticos estava nas letras cantadas, tendo em vista que este se utilizava de
melodias compostas por poetas de sua época. “Calvino traduziu alguns
salmos...valendo-se efetivamente do talento do poeta francês Clément Marot (c.
1496-1544) – que conhecera na corte de Ferrara em 1536 – e de Théodore de Beza
(1519-1605). Posteriormente recorreu ao precioso trabalho do compositor francês
Loys Bourgeois (c. 1510-c. 1560), “pai do moderno hino de louvor” –, que
adaptou canções populares e antigos hinos latinos e tambem compôs outras
músicas para a métrica dos Salmos de Marot,...”.
O que
se entende é que o culto na visão de Calvino não era monótomo, mas, alegre
acompanhado de salmos, cantados com melódias marcantes, ele sabia da
importância da música aos ouvintes. Nas palavras de Calvino, “...Nós sabemos
por experiência que o canto tem grande força e vigor para mover e inflamar os
corações dos homens, afim de invocarem e louvarem a Deus com um mais veemente e
ardente zelo”.
Enquanto
os primeiros protestantes cantavam Salmos, recitavam a Palavra de Deus e eram
fortalecidos na fé. O que o artigo nos propõe, não é trocarmos nossos hinos
pelos salmos, (o que não impedi de usar-mos salmos como nossos cânticos) mas,
que os hinos cantados possam expressar a palvra de Deus aos ouvintes, que
possam revelar a grandeza de Deus e glorificar o seu santo nome. Muito do que
se ouve hoje em nossas reuniões cristãs, são apenas engrandecimento do ego
humano, a música por exemplo é mais direcionado a criatura que ao criador,
realmente é tempo de repensar sobre esta parte do culto em nossas igrejas.
Conclui-se
portanto que, observando-se as Escrituras Sagradas é possível prestar um culto
a Deus de forma correta e agradável. Se o homem se propor a abandonar suas
imaginações e prestar um culto segundo a Palavra de Deus, não só o fará de
forma correta, como alcançará outras vidas. Visto que a pregação da Biblia que
seja em cânticos ou sermões, sempre terá um efeito positivo no que concerne o
engrandencimento de Deus.
Reginaldo de Matos Araújo
Pastor da ICE-NP - Igreja Cristã Evangélica em Novo Planalto.
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