Ministério pastoral em foco:
compreendendo melhor o chamado.
Reginaldo de Matos Araújo[1]
Resumo
O
ministério pastoral é uma prática que está sempre em evidencia. Não podemos
ignorar sua utilidade para a expansão e manutenção do reino de Deus. O presente
artigo tem a incumbência de apresentar o ministério pastoral desde seus
representantes no AT até seus desafios da contemporaneidade. Sob o respaldo de
fontes bibliográficas confiáveis e vivencia empírica, o autor procura ser fiel
ás escrituras, para poder por em foco o ministério pastoral, sem criar uma
utopia, mas também deixando clara as prerrogativas do ministério, com o intuito
de acalorar aqueles que já desenvolve este ministério e levar a chama para os
que se sentem vocacionados, mostrando a continuidade do chamado na formação de
novos líderes pastorais.
Palavras chaves:
Ministério Pastoral. Chamado e Vocação. Formação de líderes.
Introdução
Ministério pastoral em foco:
compreendendo melhor o chamado, é uma tentativa de elucidar o chamado pastoral na
vida daqueles que já desenvolvem este ministério e ao mesmo tempo, reforçar a
vocação para os que buscam atender ao convite ministerial de servi a igreja. O
tema é pertinente e atual, pois vem contribuir com aquilo que já conhecemos da
prática e trazer com lucidez uma visão mais acurada da teologia pastoralista,
apresentado os fundamentos do ministério pastoral e seus representantes tanto
no AT (Antigo Testamento) quanto no NT (Novo Testamento).
Ao olhar para a prática pastoral
paulina, traz-nos uma perspectiva contemporânea fazendo nos refletir sobre a
relevância do ministério na atualidade, direcionando-nos para o campo da
liderança procurando trazer uma definição no âmbito pastoral, enfatizando por
fim que dentre as grandes funções no pastoreio, encontra-se o comprometimento
com a formação de líderes espirituais.
Fundamentos do
Ministério Pastoral
Cristo comissionou
homens e mulheres, grandes e pequenos, de todos os lugares e épocas para a sua
seara. Trabalhar no reino de Deus não é privilégio de um grupo seleto, uma
categoria exclusiva de pessoas, mas sim de todo aquele que crer, “Todos os
crentes recebem o poder da própria autoridade do Senhor para operarem as mesmas
obras que Ele realizou, e maiores ainda (Jo 14.12).”[2].
Sendo assim é privilégio de todos os eleitos fazerem parte deste grande
exército de propagadores das boas novas de salvação.
No entanto é consenso
entre alguns estudiosos da Bíblia que existe um chamado universal a todos os
cristãos e um chamado específico, sendo este dirigido àqueles que Cristo
comissiona para um trabalho voltado exclusivamente para o cuidado com suas
ovelhas. Um dos textos bíblicos mais usados para ratificar tal afirmação são as
palavras de Paulo aos Efésios no capitulo quatro e versículo onze, pois diz: “E
ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres”[3].
Diante deste
entendimento, que o chamado pastoral é algo específico, David Hansen afirma o
seguinte: “Ao olhar meu próprio chamado para ser pastor, sinto como se minha
vida tivesse sido presa numa morsa e enrolada com uma linha”. E continua; “Os
pastores são feitos por Deus para serem pastores. Não é questão de nossa
escolha. Os pastores não escolhem ser pastores [...] Deus escolhe pessoas para
serem pastores e as torna pastores, de acordo com seu plano”.[4]
E. M. Bounds fala que o
pregador “não é um profissional; seu ministério não é uma profissão; é uma
instituição divina, uma devoção divina”[5].
Diante do exposto é natural que aqueles que exercem este ofício, sintam-se, não
como melhores, mas como objeto direto da graça de Deus, uma vez que são
instrumentos seus para transmitir suas palavras aos demais. E isto por uma
escolha diretiva de Deus, uma ordem do criador que precisa ser observada.
Não é de admirar que o
apóstolo Paulo faça a seguinte afirmação: “Se anuncio o evangelho não tenho do
que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não
pregar o evangelho.” (1 Co 9.16 ). Entende-se, portanto que há uma chamada a todos
para anunciarem o evangelho, entretanto existe uma chamada com finalidade
definida, estando esta diretamente ligada à liderança cristã em todas as suas
áreas. Aqui, o ministério pastoral é o foco de nosso estudo, não com o
entendimento de que seja o mais importante, mas sim, essencial para a igreja de
Cristo na terra.
Vocação
o que é isso?
Não podemos falar de
serviço pastoral sem falar de vocação pastoral, a maioria de nós, escolhe a
profissão baseados em alguns critérios que consideramos importantes. Estes
critérios podem ser: Bom rendimento financeiro, status social, possibilidades
de crescimento, conforto, acomodações favoráveis, ferramentas que proporcionem
uma realização do seu trabalho de forma que você não seja visto como mau
profissional, e assim por diante.
Na vocação ou chamado
pastoral, as condições que favorecem ao exercício do oficio são bem diferentes
daqueles os quais estamos acostumados. Um dos fatores principais são as
circunstâncias que isso acontece. Deus vocaciona pastores dado a carência do
povo por pastoreio e cuidado. Isso significa que o pastor verdadeiramente
vocacionado estará sempre sendo enviado não necessariamente para o “melhor”
lugar, mas sim, para o lugar onde Deus percebe que o seu povo precisa de
pastoreio e liderança.
Ao fazer uma análise do
texto de Êxodo 2.23 – 7.7, Siqueira[6]
enumera alguns elementos importantes no chamado de Moisés que nos servem de
base para compreender o olhar de Deus sobre a vocação pastoral. Ele coloca para
nossa reflexão alguns pontos que aqui parafraseio:
ü O
elemento provocador do chamado é o lamento do povo de Deus na escravidão, “...; os filhos de Israel gemiam sob a
servidão e por causa dela clamaram, o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o
seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó”[7].(grifo
nosso).
ü A
vocação é legitimada pela decisão de Deus em destacar alguém para uma
determinada missão. De acordo com Siqueira[8],
“Assim, a pessoa chamada passa a ter autoridade para comunicar a vontade divina”. “e este será o sinal de que eu te enviei;...”
[9]. (grifo nosso).
ü A
vocação implica em enfrentar dificuldades. Uma reação quase que natural na vida
do vocacionado por Deus é a sensação de pequenez e incapacidade diante dos
grandes desafios proposto na Missio Dei.
“Então, disse Moisés a Deus; quem sou eu
para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” [10] (grifo nosso).
ü O
vocacionado precisa de consciência da companhia de Deus na execução da missão.
A certeza de Deus está conosco é fator capacitador nas tarefas divinas. “Deus lhe respondeu: Eu serei contigo;” [11]
(grifo nosso). Em outro lugar Moisés vai enfatizar a importância desta
presença, “Então lhe disse Moisés: se a
tua presença não vai comigo, não nos faça subir deste lugar.” [12]
Como precisamos compreender a importância da presença de Deus em nossas vidas.
ü A
vocação está relacionada com o envio, Deus não chama por chamar, chama para
enviar. Vejamos algumas referências bíblicas que apresentam o termo enviar, na
vocação de Moisés: Ex 3.10-15; 4.13, 28; 5.22.
Diante do exposto e da
compreensão do chamado divino, cientes de quem somos e para o que fomos
comissionados, é salutar destacar as palavras de Siqueira[13]
ao declarar:
Percebemos, nos
dias de hoje, uma crise de autoridade no ministério vocacionado da igreja.
Constamos que a igreja perdeu a sua visibilidade pública de seus serviços.
Conseqüentemente(sic), ela perdeu a qualidade de seu espaço de atuação. Por que
perdeu? A igreja mostra-se intimista e movida por interesses econômicos. Diante
disso, os critérios usados pela igreja para alcançar os seus objetivos não
estão mais submetidos ao Espírito de Deus, mas aos interesses voltados para si
mesmo. Em conseqüência(sic) disso, o culto passou a buscar os interesses da
mídia – sem deserto, sem cruz, sem sacrifício de ação de graças – para tornar-se
em culto-espetáculo.
É verdade que esta
declaração não diz respeito à totalidade das igrejas, nem tão pouco dos
obreiros da seara, ainda existe, é preciso ressaltar, homens e mulheres comprometidos
com o chamado de Deus e sua vocação. E são estes que farão a diferença. No
entanto, observa-se um número sem medidas de homens e mulheres que se
autodenominam, apóstolos, bispos, pastores (as), e que tomam para si o
privilégio de ser porta vozes de Deus. Enquanto na verdade não passam de
aventureiros procurando sombra na grande árvore do reino de Deus.
Representantes do
ministério pastoral no Antigo Testamento.
Nos escritos
veterotestamentários, não encontramos uma definição clara sobre a função pastoral
nos moldes que conhecemos atualmente na igreja. Entretanto, sempre existiu
alguém escolhido por Deus, para lidar diretamente com as questões espirituais.
Geralmente, esta pessoa apresentava Deus ao seu povo, por intermédio de uma
vida voltada para a busca de um relacionamento mais próximo do criador, sendo
este o meio que o Senhor usava para revelar sua vontade à humanidade.
Podemos tomar como
exemplo, nos reportando aos primeiros dias da humanidade, o caso de Abel que
através de seus sacrifícios regulares agradava a Deus. (Gn 4.4). Caminhando um
pouco mais encontraremos Noé, e o texto de Gênesis capitulo seis fala do
contexto em que se encontrava a terra naqueles dias, não obstante a tanta
maldade o versículo seis trás esta forte declaração: “Porém Noé achou graça
diante do Senhor”.
Noé era o pastor de sua
casa, foi o pregador antidiluviano, sem uma denominação eclesiástica, mas com
uma missão especial; Anunciar a palavra de Deus a sua geração.
Prosseguindo um pouco
mais, chegaremos a Abrão, que após entrar em aliança com Deus é chamado por
este de Abraão (Gn 17.5). Torna-se por sua vez o pastor de seu tempo, recebendo
a mensagem de Deus em relação à humanidade, bem como exercendo a função de
intercessor. (Gn 18.22-33).
Não muito adiante,
encontramos uma revelação que nos mostra que os escolhidos por Deus podem fazer
a diferença, mesmo que mínima em um mundo minado pelo pecado. Acredito que Ló,
não tenha sido omisso no que tange ao falar do Deus que ele conhecia àquela
geração. As palavras de Pedro me fazem entender, que Ló tinha um coração de
pastor: “e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles
insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre
eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas
daqueles). (2 Pe 2.7,8).
Acredito que enquanto
você faz esta leitura, já deve ter se lembrado de tantos outros personagens que
se enquadrariam como pastores. Obviamente que não poderei descrevê-lo todos,
mais não poderei também deixar de citar nosso companheiro Moisés, que mesmo em
fortes recusas, aceitou o desafio de arrebanhar e pastorear um dos maiores
rebanhos já conduzido por um único líder.
Seguindo a trilha do
Antigo Testamento, nos depararemos com muitos desses homens e mulheres escolhidos
por Deus para uma tarefa exclusiva. Com o surgimento de Israel, o conceito de
ministério foi extensivo a toda a nação e não apenas a uma pessoa. Mesmo assim,
Deus em tempos e tempos atendendo ao clamor dos oprimidos elegia líderes para
estarem à frente de seu povo. Grande parte deles eram pessoas tementes a Deus e
conhecedores de seu poder, outros nem tantos é verdade, mas eram escolhidos por
Deus.
O ministério também foi
representado por sacerdotes, reis e profetas. Mesmo que algumas destas funções
foram executadas em um contesto político, não se exime o fato de estes líderes
exercerem a função de orientadores espirituais e ainda serem vistos como
referência para a nação, quanto ao culto a Deus.
Sem a pretensão de
exaurir o tema, uma breve apresentação sobre estas funções nos ajudará a
compreender melhor esta representação.
Dentre os ofícios
sacerdotais podem ser citados como específicos os seguintes:
1 – O culto,
especialmente o sacrifício de animais oferecidos a Deus, tarefa antes realizada
por leigos (Jz 6.24ss; 13.19);
2 – O ensino da
lei (Dt 33.10; Sf 3.4; Mq 3.11; Jr 18.18; Ez 7.26);
3 – A
comunicação dos decretos divinos (Dt 33.8; ver também 1 Sm 14.36ss; 28.6; Ed
2.63; Nm 7.65); e
4 – As questões
do direito sagrado, quanto ao puro e ao impuro, por exemplo, Dt 17.8ss; Ag
2.11ss.[14]
Mesmo o “sacerdócio”
não sendo uma prática protestante, não se pode negar sua significância para o
cristianismo.
A preservação e
interpretação da herança religiosa judaica são bem evidentes quando se faz uma
análise do Pentateuco. Muito do perfil pastoral, querendo ou não, se extraiu de
um modelo sacerdotal.
Os reis em Israel
recebiam da parte de Deus um chamado e uma ordenança que os tornava mais que
simples líderes de um povo. Seu papel tinha também uma importância religiosa
gigantesca. Um fator determinante sobre esta importância religiosa começava
pela escolha deste líder. Quando olhamos, para 1 Samuel 10.1; 16.13. É possível
perceber com muita clareza a importância espiritual destas escolhas divinas.
“Como representantes
simbólicos de Deus aqui na terra, os ministros do evangelho têm, também, a
função de implantar o domínio de Deus no coração dos homens, até que todos
confessem que Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.”[15]
Um dos representantes
mais evidentes do ministério pastoral no Antigo Testamento foram sem dúvida, os
profetas. Sua postura sempre imparcial faz dele a voz de Deus aos homens,
enquanto colocava-se como intercessor destes diante de Deus. Afirmar que a
função precípua deste personagem é a de mediador, não pode soar com estranheza
aos nossos ouvidos. A rebeldia do homem e suas consequências sempre foram temas
de suas prédicas. Entretanto jamais deixou de declarar os propósitos divinos em
relação ao homem. A misericórdia e o perdão de Deus eram temas frequentes em
suas homilias.
O profeta era
reconhecido pela sua sensibilidade à voz de Deus, sua intimidade com o Senhor
era sua marca padrão. Quando queriam saber a vontade de Deus recorria-se ao
profeta, pois sabiam que os céus dificilmente se cerrariam para ele. Por acaso
não deve ser assim o pastor, alguém que mantém uma comunhão constante com Deus,
mesmo sendo homens sujeitos as mesmas paixões dos demais? (Tg 5.17).
Representantes
do ministério pastoral no Novo Testamento
As nomenclaturas que
hoje conhecemos para os diferentes ministérios cristãos existentes vieram tomar
forma somente com a consolidação da igreja neotestamentária.
Já no início, Jesus se
apresenta como um serviçal voluntário em benefício da humanidade, o texto de
Mateus 20.28 vem corroborar com este sentimento, pois apresenta de forma muito
clara o perfil do ministério cristão.
Caso queiramos de fato
tomar Cristo como modelo padrão para o ministério cristão autentico. Ou ainda,
fazer dele nosso referencial para o serviço pastoral, muitas das atitudes
atuais precisarão passar por reformas fortíssimas.
Uma das características
mais marcantes do ofício cristão apresentado no Novo Testamento é a de que o
líder continua sendo servo. Jesus escolheu para si doze homens e outros tantos
os quais chamou de Discípulos (maqhta\v).
Interessante é a definição deste termo, O. S Boyer o define como “O que recebe
disciplina ou instrução; Que segue os conselhos, ou imita os exemplos”.[16]
Apesar de usar o termo
Mestre (Dida\skalov =
1 Tm 2.7; 2Tm 1.11)[17]
em referência ao ministério, a essência do pastoreio não está pautada em uma
posição de superioridade. Termos como servo
(dia\konov, ou, h/),
escravo (dou/lov, ou, o/ = Lc 2.29; At 4.29; Rm
1.1; Gl 1.10)[18],
trabalhador (erga/thv, on, o/ = Mt 9.37,38; 20.1, 8;
1Tm 5.18)[19],
pastor (poih/n, enov, o/ = MT 9.36; 25.32; Hb
13.20; 1Pe 2.25)[20],
são melhores aceitos, para representar o serviço prestado a Cristo.
Hoje, em tempos
pós-modernos está em posição de subalterno, mesmo que seja em relação a Deus já
pode soar como uma situação de inferioridade para muitas pessoas, inclusive
alguns líderes cristãos. Sendo assim, conseguem para si títulos que podem
fazer-lhes sentir-se em posição de superioridade.
As posições
“hierárquicas” que surgiram na igreja nos primeiros séculos e que são
observadas em partes, pela igreja atual, não significava superioridade por
aqueles que ocupavam cargos de liderança. Eram apenas funções distintas, mas
com o mesmo valor cristão.
Apóstolos, Presbíteros,
Diáconos, Bispos, Anciãos, Cooperadores, Pastores, e ainda, Profetas,
Missionários e tantos outros títulos que existiram, existem e que possam a vir
surgir, servem apenas para produzir inquietude na vida daqueles que não
compreendem seus reais significados querendo, entretanto, adquirir tais títulos
simplesmente para exibirem como se fossem troféus e símbolo de autoridade
espiritual. Não querendo, portanto assumir a função do ministério segundo o
qual vive o verdadeiro servo (dia\konov, ou,
h)
de Cristo.
A
prática pastoral nas cartas paulinas
As
cartas de Paulo, como já sabemos, possuem um grande número de referências
concernente ao ministério pastoral, vão desde conselhos para a escolha destes
até formas de tratamento com o rebanho. Lopes procurando trazer uma definição
sobre pastor no Novo Testamento informa-nos que,
O termo
“pastor”, no grego, aparece como poimên,
e seus derivados são poimnê e poimnion, cuja tradução é “rebanho”.
Além desses, também encontramos poimanô,
traduzido por “pastorear”, “cuidar”. Outra palavra encontrada no texto bíblico
é archipoimên, que pode ser traduzida
por “sumo pastor”, “pastor principal”. No grego clássico, poimên (pastor) era título de honra aplicado a soberanos, líderes,
governantes e comandantes dos exércitos gregos. Ao que parece, esse
entendimento do termo em análise não se restringiu ao período grego antigo, mas
chegou até o apóstolo Paulo, que emprega palavras denotando o privilégio e a
honra dos que exercem o ministério pastoral na igreja de Cristo, [...][21].
Infere-se,
portanto que na visão paulina o ministério pastoral é algo honroso e digno,
esperando assim que aqueles que exercerem tal função estejam fazendo uma ótima
escolha[22],
não obstante os labores do ofício.
A
grande preocupação de Paulo, no entanto, consistia basicamente na prática
diária do pastor, suas atitudes, vida com Deus e com o rebanho. Em seus
escritos a Timóteo e também a Tito se percebe claramente suas pertinentes
preocupações. Vejamos:
É necessário,
portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante,
sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não
violento, porém cordato, inimigos de contendas, não avarento; e que governe bem
a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se
alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).[23]
Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a
irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a
pureza.[24]
E mais;
Por esta causa,
te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como,
em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que
seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenham filhos crentes que não
são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que
o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não
iracível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;
antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de
si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder
tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.[25]
O
ministério pastoral hoje.
Um chamado específico
ou um ofício qualquer? Um dom ou se aprende nas faculdades, escolas teológicas
e seminários? Profissão ou vocação religiosa? Várias são as interpretações e
entendimento sobre o ministério pastoral.
O renomado pastor John
Piper[26],
da Bethlem Baptist Church de Mineápolis, Minnesota, afirma categoricamente que
o pastoreio está bem longe de ser visto como uma profissão, para Piper, “Nós,
pastores estamos sendo massacrados pela profissionalização do ministério
pastoral”. E prossegue afirmando: “O profissionalismo não tem nada que ver com
a essência e o cerne do ministério cristão. Quanto mais profissionais desejamos
ser, mais morte espiritual deixaremos em nosso rastro.”
O Rev. Gildásio Reis[27]
em um de seus artigos postado na internet declara:
Consciente ou
não, corremos atrás de atender a um modelo ideal de pastor estigmatizado por
esta cultura do sucesso que é aquele líder que está sempre ocupado, sem tempo
para mais nada. Se estar atarefado é ser
importante, então preciso estar atarefado. Tornamo-nos daí pastores
compulsivos, onde nossa identidade pastoral passa a ser derivada de nossas
atividades. Sutilmente somos enganados, e por fazermos parte de uma sociedade
competitiva, constantemente temos que provar nosso valor, a nossa utilidade, e
para tanto, procuramos nos manter sempre ocupado. [...] como evitar cair na
armadilha do excesso de atividades? A resposta é mais simples possível: Precisamos praticar um tempo a sós com Deus.
Parece uma ousadia falar assim aos pastores, mas aqui falo também como pastor –
em nossa vida agitada e cheia de atividades temos fracassado em separar tempo
para a solidão a fim de aprofundarmos nossa vida espiritual. Solidão é o
remédio contra o ativismo pastoral. Cito Henry Nouwen quando ele afirma que na
solidão, descobrimos que ser é mais
importante que ter e que valemos
muito mais que o resultado de nossos esforços.
Observa-se, portanto
que o ministério pastoral é algo bem diferente de outras funções seculares, as
quais as pessoas se inspiram em busca de posição social. Assemelha-se mais ao
serviço pastoril propriamente dito, que nos tempos bíblicos não se tratava de
uma posição social elevada, mas bem simples e penosa muitas vezes.
BUCKLAND[28],
afirma que,
Os pastores do
Oriente passam uma vida solitária. Eles vagueiam por lugares muito distantes
das habitações, à procura de pastagens, e tem de proteger os seus rebanhos de
dia e de noite. [...] Se acontece desgarra-se uma ovelha do rebanho, é dever do
pastor procurá-la até a encontrar (Ez 34.12; Lc 15.4). [...] o terno cuidado do
pastor pelas ovelhas se patenteia na maneira como presta atenção aos fracos e
enfermos do redil a seu cargo (Gn 33.13; Is 40.11).
Desejar parecer mais
com executivos da pós-modernidade, que com pastores medievais é bem mais
interessante, entretanto, não precisamos voltar à idade média para sermos bons
pastores, mas o cuidado com o rebanho não pode mudar.
Resume-se, portanto que
o ministério pastoral é um chamado de Deus, carecendo de aperfeiçoamento
diário, por parte do comissionado e que requer dedicação e aperfeiçoamento
constante, cuidando de si e do rebanho.[29]
Liderança
no pastoreio
Liderar de forma a
desenvolver competências tem sido algo bem desafiador para muitos pastores e
obreiros em geral, a continua necessidade de atualização, o desenvolvimento
pessoal e educacional, a postura em relação à administração de pessoas, são
questões que tem sido deixada de lado por serem interpretadas como assuntos
puramente empresariais.
O fato de
espiritualizar todo tipo de ação humana pode dificultar o crescimento e
desenvolvimento do pastor como líder. Não se pode negar que ser espiritual é
uma necessidade da liderança cristã, entretanto ignorar que vivemos uma era de
constante cobrança de uma educação continuada é querer fugir da verdadeira
realidade.
Despontar-se como líder
exemplar no mercado mundial corporativo tem se tornado algo desafiador, mesmo
tendo como uma das razões motivadoras para impulsionar os liderados o ganho
financeiro. Imaginemos, pois no campo eclesiástico em que o material humano
para trabalho é formado em sua maioria por voluntários!
Diante disso,
percebe-se muito maior desafio empreender uma jornada de liderança eclesiástica
que em qualquer outro segmento do mercado. Daí, a necessidade de constante
aprimoramento, educacional e espiritual por parte do líder cristão. Diante
desta frequente necessidade, grandes líderes e escritores têm proposto
orientações para a liderança cristã atual. John Maxwell[30],
diz que, “Aprender a liderar com eficácia tem sido um desafio e tanto. Ensinar
outras pessoas a liderar com eficácia tem sido um desafio ainda maior.”
No pastoreio, assim
como em outras funções, o líder tem como uma de suas maiores tarefa a arte de
liderar a si mesmo. Sobre liderar a si mesmo, Maxwell[31]
deixa algumas dicas que podem ser úteis para a vida diária do líder, elas podem
ser resumidas assim: Aprender a se submeter à autoridade dos outros;
Desenvolver a autodisciplina; Exercitar a paciência e procurar alguém a quem
possa prestar contas.
Definindo
liderança pastoral
Várias são as
definições para liderança, mas no geral a maioria está em consonância quando
dizem que, liderar não é o mesmo que chefiar. James C. Hunter[32],
define liderança como sendo, “A habilidade de influenciar pessoas para
trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando
confiança por meio da força do caráter”. Sobre o significado da liderança ainda
afirma: “Liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que
coloquem seu coração, mente espírito, criatividade e excelência a serviço de um
objetivo”.[33]
O fator mais marcante
na exposição sobre liderança de Hunter é o fato de ele destacar a liderança
como a “capacidade de influenciar os
outros para o bem”[34]
ou seja, não é uma questão de poder, mas de autoridade.
Uma vez que poder é
definido como sendo “a faculdade de
forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força,
mesmo que a pessoa preferisse não fazer”[35].
Autoridade apresenta-se como “a
habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por
causa de sua influência pessoal”[36].
O Doutor em
Administração de Empresas Roberto Shinyashiki afirma que, “O brilho de qualquer
bom líder, é justamente, conseguir unir as grandes habilidades de cada membro e
elevar a autoestima de todos, para que satisfação, felicidade e qualidade de
vida sejam os pilares centrais do cotidiano”.[37]
Não importa se o líder
pertença a uma multinacional de renome ou a uma congregação de crentes no
interior do Brasil, o fator que não pode ser desconsiderado é que estão lidando
com pessoas. E isso requer habilidade e capacidade.
Falando sobre a
influência e inspiração que o líder deve transmitir, Bob Briner declara: “Uma
das maneiras de construir um empreendimento de sucesso é usar o exemplo de
Jesus e falar com autoridade, conhecer o assunto sobre o qual você está falando
e transmitir esse conhecimento com entusiasmo.”[38]
O
líder pastoral e a formação dos liderados
A grande marca
de Jesus como líder foi sua capacidade de geração de outros líderes. Ao iniciar
seu ministério, sua preocupação primaz foi a de chamar para junto de si homens
que pudessem no dia a dia aprender através de ensinamentos empíricos e
teóricos. Sobre essa atitude de Jesus na formação de líderes declara Proença[39],
“Quis Ele mesmo exercer o papel de educador e mestre de doze alunos, por
aproximadamente três anos, tendo a preocupação de bem treiná-los antes que
fossem enviados ao campo”. O bom líder precisa ter em mente, a formação de
outros líderes e a certeza que isso não fará com que ele seja deixado de lado.
O
desenvolvimento de pessoas é uma responsabilidade que recai sobre o líder, e
isso não diz respeito somente a questões profissionais, mas pessoais também.
Jesus se envolvia com as questões de ordem pessoal de seus liderados. Ele
trabalhava na vida de seus liderados de forma que os mesmos não se
transformavam apenas em trabalhadores melhores, mas também em pessoas melhores.
Quando uma pessoa cresce como ser humano, ele cresce também profissionalmente.
Para John Maxwell[40]
uma maneira apropriada de se avaliar o desempenho de um líder é observar seus
liderados, citando Max Depree ele declara: “Os sinais de uma liderança
extraordinária se verificam primordialmente entre os liderados”. Desenvolver
uma equipe que saiba sobreviver em meio a situações adversas é um desafio que
precisa ser superado, quando se ocupa a função de líder.
“O desenvolvimento de
novas lideranças não é apenas o segredo para a lucratividade; é, também muito
gratificante por dá a sensação de que você deixou um legado, não só um relatório
financeiro.”[41]
A formação de novos lideres em um ministério é uma prática que precisa ser
constante na vida pastoral, são eles que darão continuidade a grandiosa tarefa
de cuidar do rebanho de Deus e proclamar as boas noticias da salvação.
Formar uma liderança
competente não é qualificar burocratas, não na igreja. Existe uma multidão de
pessoas capazes de elaborar excelentes relatórios financeiros, projetar onde
gastar os recursos da igreja ou denominação, dar ideias para serem executadas
pelo pastor e cobrar mais eficiência no trabalho desenvolvido pela
administração atual.
Mas, não é disso que
estamos tratando. Uma das primeiras e grandes marcas da igreja e sua liderança
consiste no fator simplicidade. Liderança pastoral e ministerial eficaz é liderança
simples. É aquela que consegue executar suas projeções ao lado de seu líder.
Mais uma vez precisamos
refletir sobre a insegurança que muitos líderes têm em relação a sua equipe.
Muitos líderes escondem-se por detrás de uma mascara de falsa competência e
blindam-se de seus liderados a fim de que estes não vejam e descubram suas
fraquezas. Mas, a formação eficaz de uma equipe pastoral consiste exatamente
neste fator, o de eleger-se ou capacitar homens e mulheres que consigam
desenvolver com eficiência exatamente aqueles pontos não alcançados pelo pastor
e líder da igreja.
Sou-lhe
franco em afirmar, depois de ter falado em centenas de nossas igrejas pelos
Estados Unidos, que muitos pastores contratam cópias a carbonos deles mesmos.
Esses ministros sentem-se relativamente à vontade com seus clones, mas o quanto
unidimensionais suas igrejas são? Formar uma equipe com pessoal qualificado e
dedicado significa, antes de tudo, fazer uma avaliação honesta de si mesmo e,
depois, buscar a Deus para que Ele traga crentes para compor uma equipe que
expanda substancialmente os dons de ministério que você tem[42].
Assim declara Dan
Betzer, e ainda diz que esses princípios não funcionam apenas em uma igreja
grande mais em qualquer uma que venha a ser aplicado. Não se precisa de uma
equipe que apenas dê ideias agradáveis, mas sim, que ajudem a desenvolver estas
ideias e que sejam uma parte do todo principalmente com suas diversidades. Pois
o Apóstolo Paulo afirma que cada um recebe o dom de Deus para aquilo que for
proveitoso[43]
para o desenvolvimento do reino. É nessa variedade de capacidades que Deus nos
concede que se encontra a beleza da execução da obra de Deus por sua igreja.
Considerações
finais
Desde o AT até o
presente momento, o que observa-se é a grande utilidade do ministério pastoral.
O senhor sempre vocacionará homens para a sua obra enquanto não retornar para
levar-nos para junto de si. O aprendizado das práticas pastorais paulinas
precisão ser aplicadas a cada dia no ministério pastoral. Desde os primeiros
discípulos treinados por Cristo até os atuais líderes pastorais, uma coisa
continua em evidencia, é a progressividade do ministério. O ministério pastoral
é bem definido quando produz frutos, geralmente estes frutos são reconhecidos
pela proliferação do discipulado ou formação de novos líderes. Que o Senhor
continue comissionando e capacitando pastores para esta tão nobre missão.
[1]
Pastor na ICEB. Bacharel em Teologia (FAIFA/FTSA). Pós-Graduado em Docência
Universitária(FBC). Mestrando em Ministério (SETECEB). Outros: Formação em
Teologia (IBICAMP e STPLM).
[2]IBADEP. Ética Cristã / Teologia do Obreiro. Ministério da Igreja. Manual do
aluno 5. ed. 2006.
[3] BIBLÍA. Bíblia de estudo Vida. Tradução por João Ferreira de Almeida. São
Paulo: Vida, 1999.
[4] HANSEN, David. A arte de pastorear. Um ministério sem
todas as respostas. 2. ed. São Paulo: Shedd, 2001.
[5] In PIPER, John. Irmãos, nós não somos profissionais:
Um apelo aos pastores para ter um ministério radical. São Paulo: Shed
Publicações, 2009. p 15.
[6] SIQUEIRA, Tércio Machado.
Discutindo a vocação a partir de Moisés. In: RENDERS, Helmut. Vocação pastoral
em debate. São Bernardo do Campo: Editeo, 2005. p 82-95.
[7] BIBLIA, Êxodo 2.23,24.
[8] SIQUEIRA, Tércio Machado.
Discutindo a vocação a partir de Moisés. In: RENDERS, Helmut. Vocação pastoral
em debate. São Bernardo do Campo: Editeo, 2005. p 83.
[9]
BIBLIA, Êxodo 3.12.
[10]
BIBLIA, Êxodo 3.11.
[11]
BIBLIA, Êxodo 3.12.
[12]
BIBLIA, ÊXODO 33.15.
[13] SIQUEIRA, Tércio Machado.
Discutindo a vocação a partir de Moisés. In: RENDERS, Helmut. Vocação pastoral
em debate. São Bernardo do Campo: Editeo, 2005. p 95.
[14] SEMINÁRIO TEOLÓGICO SEIFA POR
EXTENSÃO. Teologia Pastoral. Manual
do aluno. 2002. p. 15.
[15] Idem. p. 17.
[16] BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica.
Pindamonhangaba: IBAD, sd.
[17] SAYÃO, Luiz Alberto Teixeira
(Ed). Novo Testamento Trilíngue: Grego, Português e Inglês. São Paulo: Vida
Nova, 1998.
[18] GINGRICH, F. Wilbur; DANKER,
Frederick W. Léxico do Novo Testamento Grego / Português. São
Paulo: Vida Nova, 1984.
[19]
GINGRICH; DANKER, op. cit., p. 84.
[20]
GINGRICH; DANKER, op. cit., p. 169.
[21] LOPES, Edson Pereira; LOPES,
Nívea Costa da Silva; DEUS, Pérsio Ribeiro Gomes de. Fundamentos da Teologia Pastoral.
São Paulo: Mundo Cristão, 2011. p. 56,57.
[22] BIBLÍA. Bíblia de estudo Vida. Tradução por João Ferreira de Almeida. São
Paulo: Vida, 1999. 1 Timóteo 3.1.
[23]
BIBLÍA, op. cit., 1 Timóteo 3.2-5.
[24]
BIBLÍA, op. cit., 1 Timóteo 5.1,2.
[25] BIBLÍA, op. cit., Tito 1. 5-9.
[26] PIPER, John. Irmãos, nós não somos profissionais: Um apelo aos pastores para
ter um ministério radical. São Paulo: Shed Publicações, 2009. p. 15.
[27] REIS, Gildásio. Perigos Sutis ao Ministério Pastoral.
<http://www.monergismo.com/textos/pastores/perigos_sutis_ministerio_gildasio.htm>. acesso em:
17 Jul. 2013.
[29] BIBLÍA. Bíblia de estudo Vida. Tradução por João Ferreira de Almeida. São
Paulo: Vida, 1999. 1 Pedro 5.2-4.
[30] MAXWELL, Jonh C. O livro de ouro da liderança: o maior
treinador de líderes da atualidade apresenta as grandes lições de liderança que
aprendeu na vida. 2ª ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2011. p. 09.
[31] Ibidem. p. 28-30.
[32] HUNTER, James C. Como se tornar um líder servidor. Rio
de Janeiro: Sextante, 2006. p. 18.
[33] Ibidem. p. 20
[34] Ibidem.
[35] SISTI, Silvana Progetti Paschoal
... [et al.]. Administração. O homem
na organização e sociedade. Valinhos: Anhanguera Publicações, 2009.
[36] Idem, p. 102.
[37]
In: SISTI, Silvana Progetti Paschoal ... [et
al.]. Administração. O homem na
organização e sociedade. Valinhos: Anhanguera Publicações, 2009. p. 103.
[38] BRINER, Bob. Os métodos de
administração de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 1997. p. 67
[39] PROENÇA, Wander de Lara. O
ministério de Jesus como modelo de liderança para o nossos dias, In: KOHL,
Manfred Waldemar; BARRO, Antonio Carlos. (orgs) Liderança Cristã
Transformadora. Londrina: Descoberta, 2006. p. 22.
[40] MAXWELL, Jonh C. O livro de ouro da liderança: o maior
treinador de líderes da atualidade apresenta as grandes lições de liderança que
aprendeu na vida. 2ª ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2011. p. 90.
[41]
Ibid., p. 92.
[42]
BETZR, Dan. Formando uma Equipe
Ministerial Qualificada e Dedicada. In:
______. Manual Pastor Pentecostal:
Teologia e Práticas Pastorais. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD 2005. p 439.
[43]
BÍBLIA, 1 Coríntios 12.7