sábado, 28 de julho de 2018

A IMPORTANCIA DE ATENÇÃO A MENSAGEM PREGADA: UMA TÃO GRANDE SALVAÇÃO




Introdução

Quando damos uma olhada na carta aos hebreus, mais precisamente no capitulo dois percebemos a centralidade da mensagem de Deus aos homens, uma grandiosa advertência, uma grandiosa razão, a salvação. A mensagem de Salvação já foi apresentada, seu salvador também. Provado foi ser Ele a única alternativa, por que negligenciar? Por que não demandar um esforço a fim de desenvolver esta tão grande salvação (conf. Fp 2.12-16). MOODY declara: “Nenhuma calamidade, influência, força ou circunstância deveria ser tolerada se enfraquece a nossa esperança de salvação. ”[1]
Aqui apresentamos uma exposição no capitulo dois desta carta aos hebreus e logo precebemos que a referência à mensagem ministrada por anjos, refere-se a jornada do povo de Israel no deserto. Apresenta também uma ordem de grandeza da informação, não existe uma implicação sobre a inferioridade dos anjos no que diz respeito a mensagem anunciada. Mas sim, uma ratificação de sua importância, se esta mensagem quando desobedecida obteve a justa punição, muito mais agora que nos é anunciada pelo próprio Cristo.

I – Cristo o principal anunciador de sua mensagem.
A sequência do anuncio da mensagem segue a linha de originalidade: (1) Inicialmente o SENHOR; (2) confirmada por testemunhas oculares; (3) ratificada pelo próprio SENHOR por meio de sinais e obras maravilhosas, destruições de dons e talentos segundo a vontade do Espírito Santo.
A revelação da mensagem é única[2]:
a). É única em sua origem. Provém diretamente das palavras do próprio Jesus; foi enunciada primeiro pelo Senhor. Isto significa que não consiste em especulações ou conjeturas a respeito de Deus. É a voz do próprio Deus que vem a nós em Jesus Cristo.
b). É única em sua transmissão. Chegou às pessoas a quem o autor de Hebreus escreve, por meio daqueles que a tinham ouvido diretamente de lábios de Jesus. Sempre será verdade que a única forma de transmitir Cristo aos outros será conhecendo-o "em primeira mão". Nunca poderemos ensinar o que não sabemos e só podemos transmitir Cristo a outros quando o conhecemos por nós mesmos.
c). É único em sua efetividade. Esta derivou em sinais, maravilhas e múltiplos atos de poder.  

II – Cristo o representante de todos os homens
Citação do salmo 8.4-6 – O salmo canta a vitória do homem como representante do governo de Deus, uma vez que Ele deu a sua criatura o direito de dominar sobre a terra. Agora Cristo é o novo Adão ele se tornou nosso real representante, sendo assim, esta alusão do escritor para Cristo é válida.
A principal ideia do texto infere-se desta forma:[3]
(1) Deus criou o homem só um pouco inferior a si mesmo para que tivesse o domínio sobre todas as coisas.
(2) Pelo pecado o homem se sumiu na frustração e na derrota em vez de exercer domínio e possessão.
(3) Neste estado de frustração e derrota se introduziu Jesus Cristo para que por sua vida, morte e glória o homem pudesse ser aquilo para o qual foi criado.
O futuro não será dirigido por anjos, mas sim o próprio Cristo governará de forma única, como jamais foi visto.
O temporário sofrimento de Jesus é agora apresentado por este estado eterno de Glória. Vejamos o que Paulo cita em Romanos 8.18.

III – Cristo o socorro para todos os homens.
3.1. O sofrimento de Cristo produziu aos homens salvação, ou como diz o autor, conduzindo muitos filhos à glória. Cristo é o Autor da Salvação.
Ele agora é a referência para todo cristão, ele não se envergonhou da humanidade, vestiu-se de homem e agora mostra aos homens o caminho da santidade, chama-os de irmãos. (Vs 11-13). Só Ele salva e santifica.
3.2. A Morte de Cristo foi eficaz, arrancou todo o poder sobre a vida dos homens que se encontravam nas mãos do Diabo, pois a morte sempre foi resultado do pecado e desobediência a Deus e o diabo usava a morte para amedrontar as pessoas. Agora em Cristo, o homem alcança o perdão dos seus pecados e a morte outrora o fim da oportunidade humana, transforma-se em um expediente para a aproximação do homem a Deus. Ao morrer e ressuscitar cristo morreu a morte de todos aqueles que reconhecem isso e pela fé o homem ressuscita com Ele, o que era medo agora transforma-se em esperança.
3.3. Esta grande obra de Deus não para anjos e sim para homens;
a) Ele não fez sacrifícios por anjos
b) Ele se identificou com as obras de sua mão;
c) Ele compreende o homem pois escolheu se vestir de homem para resgatá-lo;
d) Cristo se fez sujeito às nossas paixões humanas “para que pudesse ser misericordioso e fiel sumo sacerdote”[4]

Considerações
“Para um sacerdote, cuja função era apaziguar a ira de Deus, socorrer os desventurados, restaurar os caídos, libertar os oprimidos, seu primordial e extremo requisito era demonstrar misericórdia e criar em nós tal senso de comunhão. Pois é muito raro que aqueles que vivem sempre afortunadamente simpatizem com os sofrimentos alheios”
0 Filho de Deus não tinha necessidade de passar por alguma experiência a fim de conhecer pessoalmente a emoção da misericórdia. Entretanto, ele jamais nos teria persuadido de sua bondade e prontidão em socorrer-nos, não fosse ele provado por nossos próprios infortúnios. E tudo isso ele nos concedeu como favor. Portanto, quando nos sobrevêm toda sorte de males, que isso nos sirva de imediata consolação, a saber: que nada nos sobrevêm sem que o Filho de Deus já o tenha experimentado em sua própria pessoa, para que pudesse ser-nos solidário. Nem duvidemos de que ele está conosco como se ele mesmo sofresse a nossa própria dor.[5]

Pr Reginaldo de Matos Araújo




[1] Comentário bíblico MOODY. p 22.

[2] BARCLAY, PDF, p 26 – Comentário de hebreus.

[3] Comentário de Barclay. P 28

[4] Calvino, Hebreus comentário p 74


[5] Idem.
 


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