O que é o Amor?
Amor
é uma expressão de generosidade inexplicável, resoluta. É melhor expressado
quando esta atitude se refere ao outro e não a si mesmo. (R.M Araújo)
O que acontece com o
amor após o casamento?
Frustração
é o que muitos casais sentem após algum tempo de relacionamento. A rotina
invade suas vidas e tudo se torna natural e monótono. O casamento passa a ser um
desafiador exercício de viver a dois. A chegada de filhos ao mesmo tempo em que
pode ser encantador, corre o risco de ser o motivo de muitas discórdias. A
mulher dedica seu tempo e espaço para a prole, o marido não consegue ter a
percepção e compreensão do papel materno, também não foi treinado para
desenvolver sua função paterna em conjunto ao amor conjugal.
Os
momentos de afeto que surgiam de forma natural e espontânea agora precisam de
maior esforço e predisposição. As coisas precisam ser planejadas, raramente
acontece o acaso, o ímpeto do amor Eros vai esvaindo a cada dia. É preciso
saber encontrar o Eros empacotado no fileo. O fileo é o amor relacionado a
amigos e família o Eros é o amor erótico, no casamento estes se fundem e o Eros
precisa ser escavado a cada dia, cultivado a cada manhã.
Mas,
se ignorarmos este princípio, deixando de ver o fileo e almejarmos só o Eros,
rompeu-se com a embalagem, o amor erótico fica desprotegido com o tempo. Ele
precisa do fileo para que os anos não o desgastem. O Eros sem fileo é pura
atração sexual e não amor.
O Amor é uma planta e
precisa ser cultivado.
Como
o amor é multiforme, também possui várias formas de ser cultivado. A maneira de
cultivar o amor no coração do cônjuge nem sempre a mesma para o coração dos
filhos. Os estímulos para acender o amor da mãe nem sempre servem para avivar a
paixão do/a esposo/esposa.
Independente
disso é preciso saber cultivar o amor no coração do outro. Ser amado, sem
dúvidas, proporciona melhor satisfação que amar. Amar é mais caro, enquanto ser
amado nos dá mais valor, nos sentimos melhor quando somos amados que quando
amamos. Entretanto é preciso saber que a melhor forma de amor é quando ele vem
como retribuição.
O amor tem linguagem
própria.
Para
Gary Chapman o amor tem linguagem e compreender esta linguagem ajuda na hora de
expressar este amor. Vejamos:
PRIMEIRA LINGUAGEM DO
AMOR-
PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO:
O
amor é também uma forte emoção, está ligada aos sentimentos, sendo assim,
nossas palavras podem comunicar amor ou ódio. Muitas pessoas reconhecem que há
amor quando existem palavras de afirmação sentem-se amadas quando são
elogiadas. Quer seja a roupa que vestem ou o trabalho que executam. O elogio é
uma ótima forma de expressar amor, mas existem outras palavras de afirmação que
também chegam carregadas de amor, vejamos algumas maneiras de comunicar amor
com as palavras.
Comunicando amor com as
palavras:
Palavras de
encorajamento – Todos nós em algum momento da vida
nos sentimos desencorajados a continuar a caminhada, muitas vezes somos tomados
por uma avalanche de insegurança que avassalam nossa vida. São nestes momentos
que as palavras encorajadoras injetam-nos uma dose de animo para que possamos
continuar a jornada. Quando estas palavras veem da pessoa que está mais perto
de nós faz toda a diferença. O contrário também é verdadeiro, palavras
desestimuladoras podem conduzir-nos ao abismo mais profundo.
Chapman diz: A maioria de nós possui mais
potencial do que poderíamos imaginar que tivéssemos. O que nos segura é, na
maioria das vezes, a falta de coragem. Um cônjuge amoroso pode ser um
importante catalisador. É natural que seja difícil elaborar e dizer palavras
encorajadoras. Talvez não seja sua primeira linguagem. Pode ser que, para você,
seja necessário grande esforço para aprender a falar essa segunda língua. Isso
será especialmente difícil se você tem um padrão de palavras críticas e
condenatórias. Porém, posso assegurar-lhe que seu esforço será recompensado.
Palavras bondosas
– Toda palavra vem carregada de sentimento, a maneira como expressamos nossas
palavras faz toda a diferença. Não é o que você diz que surte efeito em seu
cônjuge, é como você diz que faz toda a diferença. Nas palavras de Gary Chapman
“Se você entender errado o motivo da alteração de suas emoções, reconheça o
erro e peça perdão. Se a sua motivação for diferente da que ele percebe,
explique-a de forma gentil. Você deverá procurar a compreensão e reconciliação
e não provar seu ponto de vista como a única forma lógica para explicar o
ocorrido. Isso é amor maduro, o tipo que devemos aspirar se buscarmos o
crescimento em nossos casamentos.”.
Palavras humildes
– a maneira mais básica de explicar esse assunto é dizendo, seu cônjuge é seu
cônjuge não seu filho, empregado ou servo. Sendo assim quando queremos algo de
nossos cônjuges é preciso entender que precisamos ter a humildade de solicitar
um favor, uma gentileza. Portanto nossos pedidos precisam ser visto do ponto de
vista de solicitações e mandados.
“O
amor faz solicitações, não imposições. Quando dou ordens a meu cônjuge,
torno-me pai (mãe) e ele (ela) filho (a). O pai diz ao filho de três anos o que
ele deve fazer, ou melhor, o que ele precisa realizar. Isso é necessário porque
uma criança nesta idade ainda não sabe como navegar nas traiçoeiras águas da
vida. No casamento, no entanto, somos iguais, parceiros adultos. Não somos
perfeitos, mas adultos e parceiros. Se vamos desenvolver um relacionamento
íntimo, precisamos conhecer os desejos um do outro. Se queremos amar um ao
outro, precisamos saber o que ele (ela) pretende.” (Gary Chapman).
Caso
você não tenha esta qualidade como forma de linguagem do amor, mas perceba que
seu cônjuge precisa dela para se sentir amado(a) esforce-se para desenvolver é
uma maneira muito produtiva para o fortalecimento do amor conjugal.
SEGUNDA LINGUAGEM DO AMOR – QUALIDADE DE TEMPO
Sobre
esta linguagem não precisamos discorrer com muitos caracteres, faz-se
necessário apenas afirmar que qualidade de tempo é “dedicar a alguém sua
inteira atenção, sem dividi-la.” Aqui encontra-se o estar junto, (diferente de
estar próxima). Envolve conversa de qualidade, em uma conversa de qualidade
existe afeição para ouvir, é demonstração de desejo de envolvimento nos
sentimentos do outro. É estar não por obrigação ou mecanicamente, mas envolvido
com o coração na conversa e na vida do cônjuge.
Em
uma conversa de qualidade existe afeição e sinceridade ao falar. Expor-se não é
fácil, mas em um relacionamento que tenha qualidade de tempo, precisa-se tirar
tempo para externar o coração. Em fim, qualidade de tempo envolve qualidade de atividade,
quando propor-se a fazer algo com seu cônjuge faça da melhor forma possível,
pois esta é uma maneira de expressar amor.
TERCEIRA LINGUAGEM DO
AMOR – RECEBER PRESENTES
Presente
pode ser definido como símbolo visual de amor, nem todos são tocados por
presentes como sendo uma linguagem de amor. Nem todos tem a percepção de
compreender que presente é uma forma de dizer que ama. Alguns querem dá ou
receber presente avaliando-o por seu valor monetário.
Quando
falamos que o valor não significa nada em relação a linguagem, não estamos a
defender presentes medíocres quando podemos dar coisas melhores. O que digo é
que o presente precisa falar por si, só compreende esta linguagem do amor de
receber ou dá um presente quem o faz sobre esta ótica. O presente como forma de
amar.
Caso
você não tenha esta linguagem como sua principal linguagem, mas o seu cônjuge a
tem, é hora de você aprender e fazer dela uma de suas linguagens. Fará muito
bem para o seu relacionamento.
QUARTA LINGUAGEM DO
AMOR – FORMAS DE SERVIR
Essa
linguagem se apresenta quando você estiver disposto a realizar aquilo que sabe
que seu cônjuge gostaria que você fizesse. Vai desde lavar uma louça a
programar uma viagem para Bariloche.
Servi
é um desafio. Jesus deixou isto bem claro que servi é uma expressão de Amor.
Em
quais áreas você gostaria que seu cônjuge demonstrasse amor para você servindo?
Como
você acha que poderia demonstra amor para seu cônjuge servindo-o?
Não
confunda servi com ser capacho...
Má
compreensão de servi pode causar danos ao relacionamento veja este exemplo: “Eu
o sirvo há vinte anos. Isso inclui todas as modalidades de serviço. Sou seu
capacho porque ele simplesmente me ignora, maltrata-me e humilha-me na frente
dos amigos e da família. Não o odeio. Não lhe desejo mal, mas estou
profundamente magoada e não quero mais viver com ele”
QUINTA LINGUAGEM DO
AMOR – TOQUE FÍSICO
A
relação sexual é um dialeto no que diz respeito ao toque físico.
Um
toque físico pode aquecer ou esfriar um relacionamento. A agressividade física
tem destruído casamento. Um tapa, um empurrão são toques que transmitem a ideia
de “EU TE ODEIO”.
No casamento, o
toque de amor existe em várias formas. Levando-se em conta que os receptores ao
toque localizam-se por todo o corpo, um afago amoroso em qualquer parte pode
comunicar amor a seu cônjuge. Isso não significa que todos os toques sejam
iguais. Seu cônjuge apreciará a alguns mais do que a outros. Seu melhor
professor, sem dúvida alguma, será seu (sua) próprio (a) esposo (a). Afinal de
contas, ele (ela) é a quem você demonstrará amor. Ele (ela) sabe exatamente o
tipo de toque que mais lhe agrada. Não insista em tocá-la (o) de seu jeito e em
seu tempo. Aprenda a falar o dialeto dele (dela), pois alguns toques podem ser
considerados desconfortáveis ou irritantes. A insistência em praticar tais atos
pode comunicar o oposto ao amor. Talvez afirme que você não é sensível às
necessidades dele (dela) e não se importa com a sua percepção de prazer. Não
caia no erro de achar que o que lhe traz prazer também trará a seu cônjuge.
(Chapman)
Toques
podem ser explícitos ou implícitos, é possível tocar de formas sutis e
despertar o amor. Se a primeira linguagem de cônjuge for o toque físico
continue explicitamente, caso não seja, vá treinando aos poucos, pois o corpo
foi feito para ser tocado.
Geralmente
em tempos de crise o corpo mais necessita de ser tocado, mas esse toque deve
ser diferente, os abraços são sempre bem vindos nestes tempos.
Por
fim, procure descobrir em você e em seu cônjuge qual a sua linguagem do amor, pois
assim, viverão de forma mais intensa a graciosa paixão do casamento.
¹Esta palestra foi produzida tendo como base o
livro As cinco linguagens do amor de
Gary Chapman. Editora Mundo Cristão, 1997. Foram usadas os cinco pilares
principais do livro, mas sob uma nova escrita, em alguns momentos fazendo-se
uso de citações do autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário